27 de abril de 2009

Vive-se melhor em Lisboa que em Nova Iorque


Para aqueles que acreditam que boa vida é sinónimo de cidades estrangeiras, aqui fica o recado: a cidade de Lisboa tem melhor qualidade de vida do que Madrid, Roma ou mesmo Nova Iorque.

O Estudo mundial sobre qualidade de Vida 2009 "Worldwide Quality of Living Survey", realizado em 215 cidades mundiais, coloca Lisboa no 44º lugar do "ranking", com a mesma pontuação que as cidades norte-americanas de Washington e Chicago e a japonesa Osaka.

O estudo realizado pela consultora Mercer, e divulgado hoje pelo jornal espanhol Expansión, analisa 39 factores relacionados com a situação política, social, cultural e económica além dos transportes, lazer, educação, bens de consumo, habitação e meio ambiente das cidades.

Segundo estes parâmetros, Viena de Áustria é a cidade com melhor qualidade de vida, seguida das cidades suíças, Zurique e Genebra. Vancouver, no Canadá, e Auckland, na Alemanha, estão empatadas na quarta posição. A Alemanha e a Suiça são os países com mais cidades no top 10 do "ranking" da Mercer, com 3 cada um.

A capital lusa ultrapassou a espanhola, em termo de qualidade de vida, uma vez que Madrid, que no ano passado ocupou a 43ª posição, este ano caiu para a 48ª. Barcelona aparece em 42º lugar, Paris em 32º e Londres em 38º. Nova Iorque, a cidade que serve de base comparativa, ocupa a 49ª posição.

De acordo com o mesmo estudo, as cidades com pior qualidade de visa são Brazzaville, no Congo, Ndjamena (Chade), Bangui (República Centro-Adricana) e Bagdade. A capital iraquiana aparece mesmo no último lugar do ranking.

Público e Diário Económico.

Ranking completo

26 de abril de 2009

Day off..


Hockey Caffee, Sintra

Odeio os Domingos, acho que ninguém gosta, no final da tarde de um Domingo fico sempre como a amarga sensação de que não aproveitei o dia ao máximo, sinto saudades de coisas que nem sequer aconteceram e que talvez nem nunca venham a acontecer, por mais que tente não consigo desfrutar do Domingo, têm uma atmosfera chata, entediante, cheia de nostalgia, relembro memórias passadas, conversas, desconversas. Um turbilhão de sentimentos e de sensações. Domingo tem sabor a despedida, é o fim e o começo de um ciclo, é um momento de renovação, amanhã é um novo dia.

25 de abril de 2009

A gaivota que voava..



Há 35 anos foi uma das músicas mais marcantes da revolução, ainda hoje as crianças a trauteiam.. a gaivota continua a voar, já o povo esse deixou de sonhar de voar..

24 de abril de 2009

Em vésperas do 25 de Abril..


35 Anos depois de Abril, a nossa economia regrediu aos valores de 1975, o povo português anda sempre com as calças na mão, continua a viver sufocado, não por uma ditadura, mas por uma depressão e recessão que a crise internacional o acompanha, vivemos endividados até ao pescoço, não vivi o 25 de Abril 1974 é certo, só viria a nascer muito depois, o que apesar de não ter vivido a revolução e o período que a antecedeu, não impede que hoje sinta o significado que este dia teve para todos os que viviam oprimidos, soube sempre percepcionar os valores da génese de Abril por entrepostas pessoas, nomeadamente familiares e professores, para mim amanhã é o verdadeiro dia da essência de Portugal, o dia em que os portugueses decidiram convictamente tomar o destino do seu país e das suas gente na sua mão, reflectindo uma pluralidade de pensamentos e opiniões que revelou um Portugal distante da homogenidade silenciosa imposta pelo estado novo, isso levam-me a sentir-me orgulhoso por todos os que lutaram pelo fim da ditadura, foi sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais importantes da nossa historia colectiva enquanto nação, vindo de um povo que ainda anda á sua procura infelizmente.

Sinto hoje que perdeu-se o civismo de outrora, de um tempo por mim não vivido, hoje em dia as pessoas pensam passar umas por cima das outras, sem olhar a meios para atingir os fins, denoto isso na falta de respeito e de cidadania dos portugueses, vivemos numa sociedade egoísta, a substância vital para uma felicidade é cada vez mais desprezada e displicente, a nova geração da qual faço parte cada vez menos importância dá ao ideal humanista da liberdade de expressão, talvez seja por nunca termos sentido na pele a falta dela, alcançamos a democracia é certo, à boleia de um fervoroso movimento libertador das colónias, saímos de África com uma mão atrás e outra à frente, não zelamos pelos nossos interesses económicos, como outros países europeus o fizeram no sempre doloroso processo de descolonização, o 25 de Abril de 1974 não foi perfeito, logo dai poderemos retirar algumas lições, a liberdade é um bem, mas também há que saber usá-la e nem toda a gente tem arcaboiço para interpretá-la e aplicá-la devidamente, e muito sinceramente duvido que alguns actuais políticos portugueses a tenham.

23 de abril de 2009

Cynthia pintada de branco

As fotos são do longínquo ano de 1901, é sempre importante conhecer o passado, pois o mesmo contém utilidade e informações fundamentais para o futuro. Ao ver estas fotos sinto saudades de um tempo nunca vivido.. Como disse um dia Hans Christian Andersen "Diz-se que todo o estrangeiro poderá encontrar em Sintra um pedaço da sua pátria. Eu descobri aí a Dinamarca." Pois bem, aqui vai um cheirinho da Sintra nórdica que tanto fez apaixonar este poeta e escritor dinamarquês, pintada de branco bem ao estilo das terras escandinavas de onde o mesmo era proveniente..




Palácio Nacional da Pena
Rua das Murtas

Fonte: Arquivo fotográfico Municipal de Lisboa

21 de abril de 2009

I Won't Be Disappointed

Ryuichi Sakamoto é um músico e compositor com uma carreira iniciada em finais dos anos 70, autor de 20 bandas-sonoras para filmes como este tema que descobri da banda sonora do filme Babel, considerado como um dos compositores mais conceituados do panorama musical internacional, graças a um peculiar ecletismo musical assente na fusão de um romantismo ocidental misturado com influências de música clássica asiática, as suas músicas são intensas e emocionantes na sua cascata de sons, usando novos terrenos sónicos para além do piano e da guitarra, o seu som encaixa sem esforço, originando grandes vagas e marés de ondas melódicas.



What happened here?
The butterfly has lost its wings
The air’s too thick to breathe
And there’s something in the drinking water.

The sun comes up
The sun comes up and you’re alone
Your sense of purpose come undone
The traffic tails back to the maze on 101

And the news from the sky
Is looking better for today
In every single way
But not for you

World citizen
World citizen

It’s not safe
All the yellow birds are sleeping
Cos the air’s not fit for breathing
It’s not safe

Why can’t we be
Without beginning, without end?
Why can’t we be?

World citizen
World citizen

And if I stop
And talk with you awhile
I’m overwhelmed by the scale
Of everything you feel
The lonely inner state emergency

I want to feel
Until my heart can take no more
And there’s nothing in this world I wouldn’t give

I want to break
The indifference of the days
I want a conscience that will keep me wide awake

I won’t be disappointed
I won’t be disappointed
I won’t be.

I saw a face
It was a face I didn’t know
Her sadness told me everything about my own

Can’t let it be
When least expected there she is
Gone the time and space that separates us

And I’m not safe
I think I need a second skin
No, I’m not safe

World citizen
World citizen

I want to travel by night
Across the steppes and over seas
I want to understand the cost
Of everything that’s lost
I want to pronounce all their names correctly

World citizen
World citizen

I won’t be disappointed
I won’t be.

She doesn’t laugh
We’ve gone from comedy to commerce
And she doesn’t feel the ground she walks upon

I turn away
And I’m not sleeping well at night
And while I know this isn’t right
What can you do?

Ryuichi Sakamoto - World Citizen (I Won't Be Disapointed)

16 de abril de 2009

Finalmente um português na Casa Branca..

Há uns anos houve um grande alvoroço em Portugal porque poderíamos ter uma first lady, tratava-se de uma luso-moçambicana, casada com um candidato do Partido Democrata. Agora vem ao de cima novo orgulho nacional e canino porque temos o first dog de seu nome "Bo", impõem-se a perguntar, se fosse no tempo do Clinton chamar-se-ia de "Bó-Bó"? Sendo o Bo um cão que adora água alias sendo português só podia meter água, raça essa conhecida por um passado glorioso, associado à aventura das grandes descobertas marítimas portuguesas, companhia fiel dos navegadores e de pescadores, fazendo muitas vezes o papel de mensageiro, sempre disposto para se atirar para dentro de água, com uma facilidade em identificar cardumes de peixe e tem a particularidade de ser único mamífero do planeta que possui membranas interdigitais, fascinante. Só nos resta esperar que não se torne igualmente obediente como Durão Barroso o foi com Bush. Ao menos fala-se de algo proveniente de Portugal nas televisões mundiais, porque não explorar esta publicidade gratuita da família Obama, talvez seja mais fácil de vender do que o galo de Barcelos ou o bacalhau ou até mesmo as camisolas do Ronaldo. Ao que parece este ano a silly season foi madrugadora lá para os lados de Washington DC, por aqui neste cantinho semi-esquecido da Europa a mesma pasmaceira de sempre..

15 de abril de 2009

Acabou-se o que era doce

Com míssil indefensável do meio da rua de Ronaldo e assim o sonho do Porto acaba, parece-me a mim que tanto falaram, tanto disseram de Ronaldo que ferido no orgulho acabou por decidir o jogo com um golo de outro mundo. O Manchester United veio a Portugal claramente com a lição bem estudada e sabia que tinha que ter outra atitude senão seria eliminado. Hoje ao ver o Porto lembrei da saudosa época 05/06 em que o Benfica também foi penosamente afastado do acesso às meias-finais pelo Barcelona, mas nem o Benfica nem o Porto conseguiram concretizar o sonho, em ambos os casos fico com a sensação de que mais e melhor poderia ter sido feito.
Devo dizer e como últimos apontamentos, que ainda antes do jogo não gostei do colinho mediático feito pela comunicação social portuguesa, o sempre ridículo e desnecessário acompanhamento de helicóptero, acompanhando a equipa no percurso entre o hotel ao estádio, os jornais desportivos com uma peculiar arrogância.. a exibição de Hulk, individualista até mais não, sendo incrível na liga portuguesa, mas muitos furos abaixo na Champions, uma desilusão de jogador em oposição ao enorme Cissokho, bela pedra preciosa que o Porto ali descobriu, aquele duelo apaixonante com Rooney de certo ficará na memória.
O que é certo é de que o Porto sai de cabeça erguida, foi um justo vencido, fez um grande jogo em Old Trafford e se não tivesse sido Ronaldo provavelmente estariam a esta hora os portistas a festejar a sua qualificação para as meias-finais. Para o ano há mais e que a final deste ano seja um Manchester - Barcelona.

14 de abril de 2009

Enquanto houver ventos e mar..

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Praia da Cova Redonda (Lagoa)

Acabo de fumar um cigarro, sento-me, sinto agora o inevitável regresso ao quotidiano, esbarro novamente nos problemas, a faculdade, as cadeiras por fazer, os mesmos sítios, as mesmas pessoas de sempre, estou algo deprimido, este primeiro dia é sempre o que custa mais, é que os horários ainda são os das férias, o despertador é encarado com mau humor, a vontade de sair da cama é nula, a marcha morosa do comboio deixa-me impaciente, tudo me parece diferente.
Para trás ficam as recordações de dias bem passados distante de tudo e de todos, muitas são as recordações que trazemos connosco quando regressamos de uma viagem, recordações que duram para sempre, para além daquelas que ficam na nossa memória trazemos fotografias, vídeos e até pedras encontradas na praia, eu simplesmente trouxe uma certeza, a da amizade.

8 de abril de 2009

Just a street lamp..

A luz de candeeiro mortiça e suspensa que se consome para iluminar-me cresce na claridade, no silêncio sarcástico e amoral do tempo que passa, projecta sombras confusas em ilusões de esperança, para depois apagar-se na indiferença do tempo e despedaçar-se na noite profunda dos meus sonhos, a luz essa, continua na sua incumbência quotidiana e de fugaz espontaneidade..

7 de abril de 2009

Hoje fui portista..

Apesar dos envelopes e das apitadelas amareladas do futebol português, aquilo que se sucedeu hoje em Old Traford é mais do que prova daquilo que já há muito sabia, mas como benfiquista dos sete costados custa-me sempre admitir, de facto, o Porto é de longe a melhor equipa portuguesa desde os anos 80, e é nestes jogos que salta a vista essa mesma evidencia, mais uma vez, levou o espírito conquistador deste país além fronteiras. A quando do primeiro golo logo aos 4 minutos que gelou o estádio e petrificou os ingleses nas suas cadeiras, dei um salto de alegria e de puro rejubilo, estranho sendo eu benfiquista e supostamente vindo de um arqui-rival, seria meramente por ser uma equipa portuguesa? Mas não, deleitei-me em risos a quando da vergonhosa prestação do Sporting por 7-1 contra os germânicos, fiquei sim totalmente rendido, num misto de espanto e admiração por aquilo que o Porto transmite, a sua raça, paixão e sede de vencer, assim como, mesmo assistindo pela televisão, foi incrível ouvir a força daqueles 3 mil adeptos, que literalmente calaram 74 mil ingleses.
Até acho que o resultado foi algo injusto, só deu porto, magnífica exibição, honraram o país, os meus sinceros parabéns aos adeptos do Porto, é um orgulho ver a sua equipa jogar assim frente a um colosso mundial, que hoje mais parecia um pequeno Manchester, enregelado pelo frio, os bifes ainda devem estar um pouco incrédulos.
Quanto ao meu clube (Benfica) e aos seus jogadores, gostaria apenas de lhes dizer que ponham os olhos nestes fantásticos jogadores, aprendam como é jogar com alma e chama. Sinceramente acho que o Porto após ter passado com distinção no purgatório do teatro dos sonhos, os portistas merecem no mínimo sonhar com o céu, se tal desiderato se concretizar o Porto arrisca-se a ser novamente campeão europeu. É o que mais desejo enquanto Português.

5 de abril de 2009

A dita dura..?

Descobri no outro dia uma bela música de Rogério Charraz, que tive a oportunidade de ouvir pelo mesmíssimo junto de amigos de longa data, na sempre aconchegante e saudosa Taverna dos Trovadores em São Pedro de Sintra, direi eu, é sempre de saudar este tipo de iniciativas de música de língua portuguesa tradicional não massificada, ainda para mais esta em particular, com uma perspicaz e intrínseca crítica social a este nosso Portugal, fazendo uma curiosa analogia entre tempos de outrora ou com diz a música "no tempo da outra senhora" e actuais, passados 35 anos e em vésperas de Abril o que é facto é que o país está mergulhado numa crise de esperança, impõem-se a pergunta.. será que mudamos assim tanto? Perguntas que ficam no ar rarefeito deste nosso Portugal rosinha e de magalhães, bom delicie-se então com a viola, com o violino, com o acordeão, com a voz, com a letra..



Myspace: http://www.myspace.com/rogeriocharraz

4 de abril de 2009

Postcards from..


Sea, dark, indigo and deep
Horizon straighter than it's ever seemed
Aqua, a cure to the touch
On my way from Praslin to Mahé

Space, blue bright, slip in view
Breathing shapes out in verdure
In easy company I can be
In Mesnibus time hangs lightly

None so small, none too sure
None so small, none too sure

Sky, off white, city full
Constrict to construct, shift the scene
Help up, tiep down, pushed around
Seasons slurred on the Harrow Road

None so small, none too sure
None so small, none too sure
None so small, none too sure
None so small, none too sure

Robots in Disguise - Postcards From