24 de abril de 2009

Em vésperas do 25 de Abril..


35 Anos depois de Abril, a nossa economia regrediu aos valores de 1975, o povo português anda sempre com as calças na mão, continua a viver sufocado, não por uma ditadura, mas por uma depressão e recessão que a crise internacional o acompanha, vivemos endividados até ao pescoço, não vivi o 25 de Abril 1974 é certo, só viria a nascer muito depois, o que apesar de não ter vivido a revolução e o período que a antecedeu, não impede que hoje sinta o significado que este dia teve para todos os que viviam oprimidos, soube sempre percepcionar os valores da génese de Abril por entrepostas pessoas, nomeadamente familiares e professores, para mim amanhã é o verdadeiro dia da essência de Portugal, o dia em que os portugueses decidiram convictamente tomar o destino do seu país e das suas gente na sua mão, reflectindo uma pluralidade de pensamentos e opiniões que revelou um Portugal distante da homogenidade silenciosa imposta pelo estado novo, isso levam-me a sentir-me orgulhoso por todos os que lutaram pelo fim da ditadura, foi sem dúvida alguma um dos acontecimentos mais importantes da nossa historia colectiva enquanto nação, vindo de um povo que ainda anda á sua procura infelizmente.

Sinto hoje que perdeu-se o civismo de outrora, de um tempo por mim não vivido, hoje em dia as pessoas pensam passar umas por cima das outras, sem olhar a meios para atingir os fins, denoto isso na falta de respeito e de cidadania dos portugueses, vivemos numa sociedade egoísta, a substância vital para uma felicidade é cada vez mais desprezada e displicente, a nova geração da qual faço parte cada vez menos importância dá ao ideal humanista da liberdade de expressão, talvez seja por nunca termos sentido na pele a falta dela, alcançamos a democracia é certo, à boleia de um fervoroso movimento libertador das colónias, saímos de África com uma mão atrás e outra à frente, não zelamos pelos nossos interesses económicos, como outros países europeus o fizeram no sempre doloroso processo de descolonização, o 25 de Abril de 1974 não foi perfeito, logo dai poderemos retirar algumas lições, a liberdade é um bem, mas também há que saber usá-la e nem toda a gente tem arcaboiço para interpretá-la e aplicá-la devidamente, e muito sinceramente duvido que alguns actuais políticos portugueses a tenham.

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